Se o destino te confidenciar que irás partir no dia em que festejares mais um dos teus aniversários, talvez te rias... talvez soltes uma gargalhada bem forte, talvez digas um palavrão.
Os teus amigos e os teus familiares irão acompanhar-te no riso e irão brincar contigo.
A espuma gelada do champanhe irá subir e para além dos flûtes, as pessoas que te acompanharão também te tocarão e o brinde será ao som frágil do cristal. Será um brinde à vida... SEMPRE!
Se o destino te confidenciar que irás partir no dia em que festejares mais um dos teus aniversários, também poderás ter uma visão romântica, porque não?
Por diferença de anos, nascer e morrer na mesma data e no intervalo, VIVER!
Dar as voltas que têm de ser dadas.
Caminhar... cair e levantar.
Aprender.
Sentir dor, calor e frio.
Desgostos e gostos e todos os afectos.
O dia em que já cá não estaremos será um dia...
Tudo na vida é incerto, mesmo o que consideramos mais certo.
O destino não nos confidencia estas coisas.
Assim foi com a Cris...
VIVEU no intervalo e partiu no dia em que poderia festejar mais um aniversário.
Não escolheu.
14 Abril - 1956/2010
(fotografia de: RGallacc)
Com carinho
MZ
O destino não confidencia estas coisas, mas há quem diga que está traçado à nascença. Pena que o intervalo por vezes tenha que ser tão doloroso. Seria muito melhor simplesmente nascer, viver e morrer... em paz...
ResponderEliminarQue a Chris tenha finalmente encontrado a sua.
Um beijinho
Isso mesmo, Helga...
ResponderEliminaré pena que o intervalo seja também doloroso.
Tenho estado na aldeia... (por força das circunstâncias) por norma não me ligo à net, mas, já estava com saudades de aqui vir. Quando regressar, voltarei a comentar-vos com a mesma assiduidade e o gosto de sempre.
Bjs
MZ,
ResponderEliminarEm Paz!
Pois tal como já te disse não é tão fora de comum como se possa pensar...
Com a minha mãe foi assim e desde esse dia tenho tomado atenção e já soube de mais três pessoas... é estranho.
Beijinhos e volta rápido.
E com certeza na certeza de que VIVEU independente de tudo o que passou. Muitas vezes a partida é uma forma de libertação escolhida pela própria alma.
ResponderEliminarNão te entristeças, querida... não te entristeças...
Beijinho*** muito grande!
Foi mesmo uma triste ironia do destino.
ResponderEliminarA vida tem destas coisas e nem sempre é justa.
Tanta luta, tanta vida para viver e depois a interrupção abrupta que veio sem licença.
Mas o que podemos nós fazer? É viver esses intervalos entre o nascer e o morrer da melhor forma que conseguirmos pois a vida é um sopro e daqui a nada acabou... Bjs
Olá papoila...
ResponderEliminarhaverá tantas pessoas no mundo a quem esta coincidência acontece, não é?
Já voltei por mais uns tempos, espero voltar à aldeia por motivos mais felizes :)
Lala,
ResponderEliminara partida da Cris, foi sem dúvida o melhor para ela, tendo em conta o grande sofrimento. Para nós fica sempre a ausência física, agora mais difícil de aceitar, mas que o tempo se encarrega de atenuar.
Gosto muito de te ter por cá... obg pelas tuas palavras.
Sara,
ResponderEliminaro silêncio esconde tanta coisa...
Doenças terríveis a toda a hora tocam pessoas em todo o mundo, mas quando nos toca a nós e aos nossos, tudo muda. Todo o cuidado é pouco... com a Cris foram 10 meses entre o diagnóstico, a esperança, a luta o desespero e o fim.
Obg querida pelo teu apoio.
Dor e sofrimento, convivo com eles diáriamente.
ResponderEliminarRejeito-os mas respeito-os...
Liquido-os sempre que posso...
1956 o inicio, o ano arrepia-me, a vida conforta-me, a morte acalma-me...
o dito intervalo, referido por ti teve o epílogo em 2010...
tenho medo de viver a sofrer mas não tenho medo de morrer...a morte consolar-me-á mas desolará quem vivo permanece...
o entardecer é o por do sol de 54 primaveras desejadas...
fico contigo mas a minha dor de alma foi com a Cris, com todas as Cris que num alivio terrivel têm suspirado sob as minhas mãos, sob o meu olhar impotente mas compreensivo para com o mundo, para com a vida que inevitávelmente termina na MORTE.
O carinho dos profissionais foi muito importante na fase terminal da Cris. E eu fui testemunha desse carinho e da entrega a uma profissão como a vossa, Melguinha.
ResponderEliminarMuito obrigada pelas tuas palavras.
Como dizes amiga e muito bem "tudo na vida é incerto" , é tão doloroso perder alguém...
ResponderEliminarBjs
Olá LiLá(s),
ResponderEliminaré doloroso mesmo sabendo que em sofrimento, é o melhor para essa pessoa... faz parte do nosso apego ao 'físico' e à presença dos que gostamos.
obg... bjo