sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Agora...



O tempo parece fugir a galope numa besta sem rosto.
A dor rasga o teu peito e soltas gritos num pranto abafado.
O predador, suga-te toda a esperança
e a vida parece escapar-se pelas redes finas de uma armadilha.
Surpreendeu-te e estás de rastos...

Agora...
O tempo é de abraços
O tempo é de esquecer...
Esquecer o que não correu bem
Agora...
Agora, o tempo é outro
Ainda há tempo para pegar na tua mão
e de te abraçar.
Ainda que o corpo esteja dilacerado,
deixa-te abandonar...
Mergulha nesta dose excessiva de afectos.
Escuta as palavras meigas,
deixa-te mimar, deixa-te levar pelas brincadeiras.
Abraça todos os sorrisos e suaviza tua dor.




(Fotografia: RuiSantos61)

com carinho
MZ

10 comentários:

  1. Gostei muito :)
    Palavras assim, enchem-nos o dia...

    ResponderEliminar
  2. Fugir numa besta sem rosto pode levar o tempo a estampar-se contra o poste mais próximo. Não se arranja uma besta com rosto por aí?

    ResponderEliminar
  3. Rita da Maçaroca,
    não deixes nunca de escrever...

    xi

    ResponderEliminar
  4. RAfeiro Perfumado,
    não queiras nunca conhecer o rosto desta besta, nem nunca a sentires no teu corpo...

    Se me leres em Dezembro, vais saber do que se trata...
    até, lá espera por "Natal"

    ResponderEliminar
  5. MZ,
    Aqui e Agora, são as palavras de ordem...
    A vida dá muitas voltas, vamos esperar por melhores momentos, eles vão chegar!
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  6. Menina costureira,

    ... de letras e palavras... não é que o corte deste post também me assentou na perfeição!!! ;)

    Bjnho muy grande

    ResponderEliminar
  7. PApoila,
    vamos aguardar... quase um milagre!

    beijinhos


    Blackberry,
    "...costureirinha..." essa foi no Verão, mas se eu realmente pudesse ser costureirinha de sonhos, fazia-te a tal capa de "Super Herói" que tu tanto desejavas ter...

    um beijinho e para esta semana todos(as) com pensamento positivo!

    ResponderEliminar
  8. Lamento as palavras que li.
    Uma amiga minha de infância dizia que quando pensamos ter as respostas todas vem a vida e muda-nos as perguntas.
    Coragem para quem enfrenta essa besta. QUe os seus mimos e abraços lhe suavizem a dor.
    Mas faça um favor a si. Pense que há sempre esperança, valeu??

    ResponderEliminar
  9. Li atentamente, reli...obviamente!

    Na verdade tudo se destrói, tudo perece, mas... tudo passa também, as cicatrizes não passam de memórias. Só o tempo é que dura!

    Em rigor o tempo que passa, demora em nós, não passa depressa, ele é o único que vê, escuta e revela tudo quando já não temos tempo.
    O que passa depressa é sempre o tempo que passou.

    Quanto aos mimos... a tal "dose" para nós nunca "excessiva de afectos", não será — na maior parte das vezes —, apenas arte de agradar, encobrindo a simples "arte" do engano. Já que quanto mais agradamos, em geral tanto menos profundamente agradamos... quer sejamos gentis,frugais ou mesmo humildes, corajosos ou liberais, à que compreender a moeda de troca que procura empatia emocional. Só a razão objectiva me convence, a menos que agradar consista em simplesmente ter agrado!
    Não será esse caminho, o único que nos deve preocupar, o da paz, vivermos felizes.

    Strip Blogger

    ResponderEliminar
  10. A cup of tea... a cup of sea,

    Obg pela partilha...
    Valeu mesmo!!!


    Strip Blogger

    O tempo de vida foge mais depressa quando queremos ficar a todo o custo!

    Concordo que o excesso de afectos nunca é demais...

    ResponderEliminar

Saber que alguém me lê, é bom.
Retribuirei a vossa visita com muito gosto.Obrigada