Depois de um fim de semana na minha aldeia, entre visitas a familiares e pessoas amigas ainda tive tempo para vasculhar na minha caixa de recordações.
Do meu tempo de colégio, revi as notas de final de período, os horários, os famosos livrinhos de autógrafos com desenhos e dedicatórias cheias de ternura.
Entre outras recordações, um livro de poesia de Fernando Pessoa oferecido por uma querida amiga(...um grande beijinho para ela...). Foi aqui que eu parei.
Peguei nesse livro já gasto de tanto ser folheado e lido, de capa amarelada... com aquele cheiro típico do passar dos anos. Com a chuva a convidar a ficar em casa, comecei a ler alguns poemas e assim fiquei, como que parada no tempo por esses escritos de um dos nossos mais importantes poetas e escritores.
*Poema de Fernando Pessoa*
"Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...
Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer,
lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja..."
(Obras completas de Fernando Pessoa Poemas de Alberto Caeiro)
com carinho
MZ
Que bem escolhido foi este poema! O Pessoa é sempre uma boa surpresa.
ResponderEliminarFazes bem em falar na reciclagem é sempre bom falar a ver se se arranjam mais adeptos! Eu, peço atenção à ÁGUA...lembrem-se que é preciso poupar.
de todos os livros acbamos por escrever o nosso...
ResponderEliminarum abraço pela partilha
Olá amiguinha
ResponderEliminarVim espreitar o que havia de novo mas tens andado um pouco perguiçosa vamos lá escrever mais coisas bonitas como tu sabes.
Milhões de beijinhos.
Rosinha