Nas cidades, o namoro à janela regressou do passado.
Voltou
para namorar as ruas, as poucas pessoas que passam e, os automóveis enquanto é
dia. O absurdo namoro dos confinados que espreitam as ambulâncias da noite - rasto
de luz azul como céu de morte. As insónias, e o paradoxo inocente da bisbilhotice
do medo.
Um namoro impaciente que torna as noites mais longas de sempre num silêncio
de paz roubada. Então, alguém canta um fado, ou uma canção da moda. O som de um piano,
uma guitarra, um acordeão, um saxofone, uma pandeireta e, faz-se um baile à
janela. Soa na noite um coro de alegria em tempo desafinado.
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