domingo, 12 de dezembro de 2021
Gotas de Chuva.
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Birdwatching - verão e outono.
Procuro o
som dos pássaros
e deixo-me ficar, até que se agite um bater de asa.
Não peço que entendam
Este vício de estar quieta
Nas madrugadas de verão
*
Porque ando atrasada com as minhas partilhas no blogue, deixo estes passarinhos observados no verão e no início do outono deste ano.
Pisco-de-peito-azul
Andorinha-das-chaminés
Bico-de-lacre
Chasco-cinzento
Papa-moscas-preto
Cartaxo-nortenho
Pintassilgo
Bispo-de-coroa-amarela
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Esta cor alegre das romãs.
Angústia de não estar presente.
Perdi na memória,
tantas coisas.
Foi como um sono longo
Uma dormência.
Depois, no regresso,
esta cor alegre das romãs.
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quinta-feira, 1 de julho de 2021
Uma espiã de momentos.
Que o sol me ilumine com a suavidade certa, e eu fico horas por aqui. Que a lua me ensine a ser paciente até que nasça outro dia e me vista de intrusa. Sem culpa. Sou uma espiã de momentos.
terça-feira, 25 de maio de 2021
Adormeci na sementeira.
quarta-feira, 14 de abril de 2021
12 anos de Blogue.
Dois aniversários em confinamento social e, a fotografia
escolhida para esta reflexão. A todos, muito obrigada. Eu, Afetos e Dúvidas
continuarei por cá.
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segunda-feira, 22 de março de 2021
A minha primavera.
A minha primavera tem cor da luz,
Um branco com uma pontinha de sol.
Um amarelo suave que os pássaros trazem na ponta do bico.
A minha primavera, tem a cor da luz e das primeiras flores.
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quinta-feira, 18 de março de 2021
Conversas ao postigo.
Com os sorrisos escondidos em máscaras de pintinhas, plissam os
olhos de alegria e oferecem-me alfazema. Contam-me as tias. As minhas tias
confinadas. Contam-me que acariciam vezes sem conta os gatinhos que lhes sobem para o
colo. A calçada da entrada, já tem rasto de chinelo, uma estradinha arada de
passos cansados, como as batidas do coração. Dizem ter os sapatos de saltinho, guardados
em bolsas de pano cru, por causa dos bolores. Enfeitam os cabelos com os rolos
antigos, cor-de-rosa e, em cada onda que lhes fica, navegam as memórias e estas
conversas ao postigo.
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domingo, 7 de março de 2021
Flores e pássaros.
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segunda-feira, 1 de março de 2021
Tulipas do quintal.
Gosto de vasos no quintal e de bolbos escondidos na terra para depois ver esta explosão de março. Outras flores virão, assim como os pássaros…
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sábado, 27 de fevereiro de 2021
Quando os caminhos se fazem rios.
Quando os caminhos se fazem-se rios, anda a terra grávida de água do céu. Abraça-se esta água com a terra, para dar à luz os barcos pequeninos onde cabe apenas um só homem. Quando os caminhos se fazem rios, afogam-se as pedras, os musgos e as ervas num sepulcro profundo, até ser primavera.
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021
Birdwatching em casa.
O Chapim-azul informação aqui é dos mais destemidos e, adora maçãs.
A partir de hoje, vou partilhar a variedade de espécies que passam pelo meu quintal com cenários feitos com flores da época e, outros acessórios.
Espero que gostem.
Beijinhos e bom confinamento.
Cuidem-se bem!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Birdwatching, Chapim-azul.
A máscara facial mais fofinha em dia de Carnaval.
Chapim-azul (Cyanistes ceruleus) informação sobre a espécie aqui
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domingo, 14 de fevereiro de 2021
Chapim-azul em dia de namorados.
O meu amor tem um segredo; fala sozinho com Deus. Rezas pianinhas. Angelicais. Não sei como se entendem os dois - diz-me apenas que o sente, sem me poder contar mais. Envia-me cupidos com asas cor de mar, onde navegam seus ais. No coração, um relicário, uma caixinha de beijos seus - um sol no peito e, um bem querer todos reais.
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
O Absurdo namoro à janela.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
Pequenas joias.
-Porque me mente se o que vejo, não me parecem flores?
- Então, e se te disser que elas nascem como pequenas joias,
acreditas? Perguntei com voz sussurrante, como se o fizesse para quem acaba
de acordar.
- Sim mm! - Disse o rapaz arrastando a afirmação, prolongando
a sonoridade como se fizesse eco e, se tornasse bumerangue. Agitado de
entusiasmo próprio de criança, prometeu que as guardaria no seu cofre de
memórias. Deixou para trás a carranca e o amuo, e foi fotografar as flores com
o olhar.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
sexta-feira, 22 de janeiro de 2021
Da terra molhada.
Oferecem-me cestos cheios das suas vidas, a cada intervalo
das chuvas sempre que entram e saem dos quintais. Num desembaraço de morte
rápida, arrancam hortaliças da terra molhada e, dizem sentir as mãos frias,
como um coração morto. Das suas vozes abafadas pelas máscaras sociais, saem as
dores do mundo nestes murmúrios de mulheres da aldeia.
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