Sussurraram sons de floresta. O Carvalho deu a ordem. Então,
o Pilriteiro abanicando as bagas vermelhas, levantou as raízes e apontou o
caminho estreito. Toda a floresta se movia. O tojo de flores amarelas,
roçava-me o vestido em jeito de pressa:
- Vamos todos ver as Liquidâmbar!
A aves pequeninas, esticando os seus bicos,
mais curvos ou mais direitos, eram os sinaleiros do caminho. Sentiu-se o cheiro
a resina e elas lá estavam; perfeitas. Como um presente da natureza,
transportaram-me para as estrelas. Todos os habitantes do Livro das Folhas
Verdes baloiçavam em jeito de adeus.
Acordei e já era Natal.
VIII - Fim do conto: Livro das Folhas Verdes
Original, escrito e publicado.
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