Texto e fotografia,Mz
As memórias da Quinta com o moinho de vento. Ele gigante e
eu pequenina. O vento a fazer rodar e a água a correr rego fora ao encontro do milho.
Eu tonta de tanto olhar, não me encantava. O que eu gostava mesmo eram os de
papel colorido que guardava da festa de verão. Era de festa a festa, de ano a
ano, ao mesmo tempo do anel de lata. E era rodopiar, rodar a saia, correr,
correr a rasgar o vento e o brinquedo, até à queda e a cicatriz. Um pontinho
minúsculo na maçã do rosto que acaricio agora. Assim acabaram os moinhos de que
eu gostava e me sobrava apenas este, o gigante.
(moinho de vento recuperado, não é o gigante das minhas memórias,contudo, transportou-me)