Texto e fotografia,Mz
As primeiras rosas são sempre para a mãe em dia de aniversário,
contava-nos a avó.
Havia anos de Maio em que as roseiras eram tímidas e, quando chegava o dia, a avó apenas colhia botõezinhos do roseiral e fazia um bouquet com aura de criança. Pequenino, tenrinho e inocente, de laçarote de seda estreita que comprava a metro na retrosaria. Outros anos de Maio havia, em que estas meninas se apressavam, saíam da dormência de inverno espevitadas e cheias de pressa, a avó quase rezava para que não se desfolhassem quando fosse o dia de aniversário. Exuberantes e de pétalas abertas perdiam a inocência e transformavam-se num excessivo ramalhete, já sem lacinhos, repousavam os pés em água fresca na jarra mais bonita.
A herança das rosas chegou a mim também e hoje partilho estas do meu roseiral com a promessa de vos deixar outras mais tardias, ainda a formar botão e que o capricho deste tempo de primavera mais parecendo verão, ainda não impressionou.
Havia anos de Maio em que as roseiras eram tímidas e, quando chegava o dia, a avó apenas colhia botõezinhos do roseiral e fazia um bouquet com aura de criança. Pequenino, tenrinho e inocente, de laçarote de seda estreita que comprava a metro na retrosaria. Outros anos de Maio havia, em que estas meninas se apressavam, saíam da dormência de inverno espevitadas e cheias de pressa, a avó quase rezava para que não se desfolhassem quando fosse o dia de aniversário. Exuberantes e de pétalas abertas perdiam a inocência e transformavam-se num excessivo ramalhete, já sem lacinhos, repousavam os pés em água fresca na jarra mais bonita.
A herança das rosas chegou a mim também e hoje partilho estas do meu roseiral com a promessa de vos deixar outras mais tardias, ainda a formar botão e que o capricho deste tempo de primavera mais parecendo verão, ainda não impressionou.
rosas do meu roseiral