Texto e fotografia,Mz
Deste Outubro castigado, onde lhe fugiu a estação, o céu não chora a chuva que lhe pertence. E na aldeia dos arrozais, do vinho e do milho, descobri as flores. As mulheres, no meio delas, recordam-me das pragas do fim do mundo. Falando baixinho para não despertar a "Besta", vão remoendo calmamente o estado apocalíptico do tempo, enquanto, delicadamente, colhem largos molhos destas flores e eu faço o registo de uma beleza traída.
Tão belos os Crisântemos, e, que destino tão solene e tão triste, por florirem em tempo de finados, aqui em Portugal. É a flor das lágrimas.