Texto e fotografia,Mz
Fui ao largo de bicicleta, levei um vestido estampado, um
fundo azul com pezinhos de cereja, calçada com sapatinhos de dança, aqueles de fivela sobre
o peito, do pé pois claro, que no outro, onde cabe o coração, nesse peito, tenho laços. De ti,
tenho fé, ternura e devoção, oh meu rico Santo António. O ano passado, perdi-me
na água fresca, naquela bica com o painel de azulejo e nem te escrevi de tanto
te ver ali. Por isso, resgato este hábito de te exaltar nas palavras, numa
tentativa redentora, a forma escrita de que são feitas as cartas. E,
nesta minha terrena alegria de quem vai à festa de um amigo, deixo-te cravos verdadeiros do meu quintal, sem
quadras nem manjericos.
Boas festas.