Na aldeia, o frio e o culto da mesa fazem renascer um mundo
à parte no mês de Janeiro. É repetitivo mas, renovado e é proibido falar dos
afectos e da envolvência com os animais que se criaram para que a abundância do
alimento possa existir de uma forma racional. São os cruéis estados de afectividade
que, apenas se compreendem quando se é genuíno e se conhece esta forma peculiar
de acariciar e cuidar para depois transformar o vivo em alimento. A matança que
une todos à mesa com a alegria da fortuna e da graça de um porquinho cevado entre
afagos e preces a Stº Antoninho.
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