A busca do nada

Abalava-se ingénuo pela noite dentro e regressava-se com a desilusão, contudo, havia um propósito; ganhava-se a confiança de entrar no mundo dos homens e dos seus segredos. Agora, é como guardar vento num saco de rede - dizem os mais velhos, velhos da aldeia. Dizem que os miúdos procuram o nada e, o mais parecido com isto, no seu tempo, era então, a caça aos gambozinos, esse animal imaginário que lhes desflorava uma ingenuidade pacóvia e genuína. Uma coisa é certa, dizem eles com toda a sabedoria dos anos e o mais que conseguem entender desta alienação virtual; o Pokémon Go combate os rabos quadrados e a obesidade, põe a malta a mexer-se e a expectativa do que virá a seguir. Já todos esperam mais.Querem sempre mais.

mz

fotografia da minha autoria,

                                                                             Mz

Águeda - Portugal

Rua Luís de Camões

Fica mesmo ali na passagem da estrada nº1  Lisboa - Porto.

E já não é só a calçada portuguesa, ou a sua arquitectura Arte Nova junto ao rio, nem os seus famosos pastéis; são os guarda chuva coloridos que cobrem as ruas pedonais que atraem centenas de turistas.

É uma pequenina cidade de província com muita cor nesta época de verão.

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The Tall Ships Races - Lisboa 2016

Os maiores veleiros do mundo em Lisboa, uma imagem  magnífica de uma grande aventura marítima.

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Bicas de água

 (painel de azulejo - 1932)

III

Ainda que o sol não queime nestas manhãs madrugadoras, Nas caminhadas, o corpo aquece e a água bebe-se bem. É da comprada, engarrafada porque as fontes já não são de confiança. As bicas de água refrescam o olhar e, apenas se molham as mãos onde tantas mulheres encheram os cântaros. As caminhadas eram pesadas e nas cabeças a arte, o equilíbrio, uma canseira de vida com painéis de azulejos e rezas a Sto. António.

mz

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