Depois
de tanta perna nua, tanto mergulho de olho fechado, tanto corpo suado, o mar
está chão calmo. Ainda o oiço cansado, no seu vai e vem cadenciado, quase morto
que engana. Às vezes, deixo de o ouvir e corro à janela pequena e antiga de
tanto olhar. Continua lá, vivo e sereno, tranquilo como oferta mansa para
amaciar a noite.
mz