terça-feira, 29 de setembro de 2015

Nos intervalos, uma fotografia - Pot pourrit*


 Noutra ocasião mostro aqui o meu pot- pourri feito em casa com todas as aromáticas que publiquei.






fotografia da minha autoria,
 Mz
 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Toda cor-de-rosa







Antes que me esqueça dos pormenores, escrevo à velocidade possível, no equilíbrio das forças centrífugas do alfa pendular, para descrever os opostos da atração física e afetuosa do ser humano. Tudo o que, no meu discreto olhar fugidio e visão periférica me dá, conto-vos do rapaz de cabelos compridos, um pouco gótico no vestir que não se cansa de roubar beijinhos nos cabelos castanhos da menina vestida de cor-de-rosa. Toda cor-de-rosa! Entrou de saia curtinha de balão rosa pálido e ao sentar-se ao meu lado com o corredor a dividir-nos, traçou a perna, fazendo brilhar, ainda mais, o verniz das sabrinas rosa fúcsia. De vez em quando, ajeita o blusão de pele rosa bebé e enrosca-se mais ao namorado. É uma autêntica ternura de cores aquele aconchego. Esquecendo o mundo, estes dois visuais singulares, depenicam beijos nos lábios como quem depenica algodão doce naquela cor de Bubble Gum.

mz 


imagem do ilustrador Brasileiro Gustavo Rosa
pesquisa google

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Nos intervalos, uma fotografia - Pot pourri


Do nosso jardim, aromáticas de verão neste primeiro dia de outono.


*fotografia: mz*

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O nosso gato amarelo





Temos um gato amarelo com ar de constante rabugice. Chamam-lhe o mal disposto, o aborrecido, o zangado, o amuado, o carrancudo, o macambúzio e muitos outros como; o tristonho. Mas todos estes nomes não passam de uma grande ternura para com o nosso velho gatinho amarelo que na meiguice dos seus olhos de âmbar, só nos quer dizer que, se anda incluso nas suas trombas, é apenas por pertencer a uma raça que não pediu para ser, nem sequer nascer. É ele e é feliz! Ainda que, para além dos nomes injustos/carinhosos acresce-lhe outro, mais recente após uma perfuração de tímpano que não sabemos como aconteceu. E o nosso velho gatinho amarelo, acossado de um desequilíbrio nunca visto, à data desse momento, passou a ser batizado de nosso gatinho choné.

mz




imagem do ilustrador e artista plástico
Gustavo Aimar - pesquisa google

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Nos intervalos, uma fotografia - Juras de amor


Juras de amor em fitas de seda.
Cidade de Aveiro -Veneza Portuguesa 


*fotografia:mz*

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Nos intervalos, uma fotografia - Chá e bolo



Chuva no norte.
Tempo de chá quente, bolo caseiro e coisas do baú.


*fotografia: mz*

sábado, 12 de setembro de 2015

Vidas que não nos pertencem





Será sempre assim até haver sol, porque depois virá a chuva sem parar e o rasto do triciclo eléctrico atola-se na lama e tudo ficará adiado para não se sabe quando, ou para nunca mais, porque a morte, pode ser já no próximo inverno. Dizem que vai ao encontro da mulher que se conhece, com pouco tino e depois, na folhagem dos eucaliptos, um tonto desejo de velho, despe-lhe o corpo generoso. Não fazem mal um ao outro, nem a ninguém. Tudo fica pelo olhar e neste segredo dos dois, desconhecem que é o segredo de todos. Nos risos estouvados das tascas, o sigilo é espalhado e malcriado nas bocas imundas do falatório. Que humanidade desumana para quem apenas se quer lembrar quando já se esqueceu de como é o corpo de uma mulher.


mz




imagem da ilustradora Rébecca Dautremer
pesquisa google