O mundo parece um pistoleiro com as armas na cintura. O
homem, de um dos lados, e a natureza do outro. Rápidos no manejo e na destreza
das armas conforme o capricho, ou a obsessão de cada um. Ora disparo eu, ora
disparas tu. Ambos criam, ambos destroem. Tudo se move veloz, efémero, e nascem os dias para lembrar tudo o que nos foge.
Esta semana, especialmente USA.
Ocorreu-me este pensamento em
jeito de faroeste americano a propósito dos últimos atentados terroristas e
todas as catástrofes naturais que não dá tréguas ao mundo. Muito ruido, muita
agitação, e em menos de um minuto, destruição, dor, medo. Como se a vida
estivesse prestes a terminar. E enquanto a poeira assenta, a pausa. A "deixa"
secreta em que este mundo pistoleiro carrega mais balas no tambor das suas
armas.
Mz
Imagem: Max Ernest -L'Ange du Foyer,