Tenho dias em que culpo um cheiro, um paladar, uma
fotografia. Tenho dias em que enalteço uma gargalhada que surge na lembrança de
bons momentos. É a ânsia de estar lá. É o desejo de trazer ao presente o bom da
vida que o tempo já se apropriou. Há medida que o tempo avança, ou a distância
separa, vai-se amontoando nostalgia, um vazio inexplicável desse sentimento
chamado saudade. E tenho dias em que culpo a chuva.
Saudade, saudade, memória no pretérito dos afectos, onde até o que doeu se arrasta sentimental e melancolicamente dócil.
Saudade, saudade, memória no pretérito dos afectos, onde até o que doeu se arrasta sentimental e melancolicamente dócil.
Mz
Original escrito para
Desafio: Fábrica de Letras
Tema: SAUDADE
imagem: Tela de Amedeo Modigliani
Pintor e escultor italiano pesquisa google