Isto não é um ensaio cru de opinião, é a minha tese caseira
sobre a necessidade de um serviço de energia que me custa os olhos da cara.
A factura é pesada, mas chegar a casa com a escuridão da noite e saber que existe um interruptor que me dá a luz que precisam os meus olhos, é como ter o meu sol. É um prolongar do dia imprescindível que não se questiona. Uma refeição quente, a roupa lavada, a blusa engomada. Muitas outras coisas banais que passam por um chá quente ou as notícias do mundo. Numa noite ou outra de solidão, um candeeiro aceso até mais tarde e um livro que iluminam e alimentam o saber de coisas que não me chegam apenas pelo meu viver ou conviver. Luxo, são as velas que passam a acessório, uma luxúria de aromas na banheira que relaxam e embalam desejos. Consumir por prazer ou por necessidade, é uma questão que se coloca sucessivamente.
A minha factura é pesada, mas tenho a minha noite sem medo das sombras. Não obstante, consciente de que, de um momento para o outro, se a sociedade se destruturar até ao limite, também eu e muitos de nós que ainda VIVEM poderão passar para o lado dos que já, hoje, apenas SOBREVIVEM entre noites que se alumiam à luz de velas e me fazem lembrar o cheiro a mortos.
A factura é pesada, mas chegar a casa com a escuridão da noite e saber que existe um interruptor que me dá a luz que precisam os meus olhos, é como ter o meu sol. É um prolongar do dia imprescindível que não se questiona. Uma refeição quente, a roupa lavada, a blusa engomada. Muitas outras coisas banais que passam por um chá quente ou as notícias do mundo. Numa noite ou outra de solidão, um candeeiro aceso até mais tarde e um livro que iluminam e alimentam o saber de coisas que não me chegam apenas pelo meu viver ou conviver. Luxo, são as velas que passam a acessório, uma luxúria de aromas na banheira que relaxam e embalam desejos. Consumir por prazer ou por necessidade, é uma questão que se coloca sucessivamente.
A minha factura é pesada, mas tenho a minha noite sem medo das sombras. Não obstante, consciente de que, de um momento para o outro, se a sociedade se destruturar até ao limite, também eu e muitos de nós que ainda VIVEM poderão passar para o lado dos que já, hoje, apenas SOBREVIVEM entre noites que se alumiam à luz de velas e me fazem lembrar o cheiro a mortos.
Mz
Texto de Opinião:"Sabemos distinguir entre necessidades (aquilo que dependemos para sobreviver) e desejos (o que gostaríamos de ter) ?"
Imagem:Galeria de pintura e ilustrações