Ainda do mesmo. Futebol. CR7
A distância e a privação familiar na vida de uma criança é
uma carência cruel quando se precisa de mimo. Chegar à noite sem um beijo de
mãe ou um afago de pai, são noites frias, não duvido, ainda que o calor desidrate
o corpo. Máxima disciplina e um pouco entregue a si próprio, sob a tutela de um
clube, apostaram e ele ganhou. Esforço e dedidcação, talento. Hoje é um símbolo português no mundo. Tem a família
como o seu porto de abrigo, e eu louvo-lhe o espírito familiar. O menino já é
homem e se existem espelhos, ele é um dos que merecem ver-se em todos
eles [humildade fica bem, mas, exagerada transforma-se na pior das vaidades
disse-me sempre minha mãe]. Pois que tenha vaidade pelo que é, a mim não me afecta nada.
E, aqueles a
quem o futebol até lhes trás alguma alegria, aqueles que até podem não ter
cheta e beber minis geladas com um cachecol de lã enrolado ao pescoço, pois que
o façam. Ainda que amanhã se acabe a festa, ainda que no bolso lhes restem
apenas alguns euros até ao final do mês, estes portugueses, jamais iriam para a
porta de um adversário gritar por um nome estrangeiro, como fizeram hoje algumas
dezenas de espanhóis ao gritarem por um argentino que não lhes pertence.Estiveram mal.
CR7, terá
sempre uma madrasta à esquina.
imagem: Google
Mz