quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Beijos...



Um dia, vou passar uma tarde inteirinha aos beijos.

É uma ideia que não me sai da cabeça sempre que alguém já antigo me fala dos namoros da sua época.
É uma ideia que me persegue. Não resisto a imaginar anos de namoro em que só os beijos eram permitidos. Beijos calculados,  cuidados, fugidios, roubados a medo ou com paixão. Atrevo-me a questionar se o prazer daí recebido seria único e soberbo e até onde levariam os amantes. Longe dos beijos de hoje, que rapidamente saltam para um frenético impulso faminto de sexo devorando-se libidinosamente. Hoje, são beijos saciados apenas e somente num  desaguar de espasmos no seu pico máximo de prazer.

Um dia, vou passar uma tarde inteirinha aos beijos...
Beijos suaves e leves, gulosos e também profundos. Vou  misturá-los com frutas exóticas e uma ou outra bebida. Depois, mais beijos...
Beijos trincados e saborosos, doces, ternos e outros tão longos que serão capazes de nos incendiar. Depois, talvez uma pausa para outras brincadeiras com risinhos à mistura e regressar novamente aos beijos.
Beijos.
Apetece-me dizer que o melhor do namoro é o beijo, muitos!
Muitos beijos...
E, se a paixão se medir pela quantidade de beijos dados, eu irei ter os lábios deformados de tantos beijos trocados.

Direi mesmo, que tantos beijos serão o princípio de um orgasmo perfeito.




Imagem: escultura de CONSTANTIN BRANCUSI - O Beijo, 1908








Com Carinho
Mz