Eu gosto do azul e o azul acalma-me mas, há um azul que me desassossega.
É um azul que não é o do céu nem do mar. É um azul que me põe à prova.
Não pode ser dado, roubado ou comprado, porque é o azul do meu querer e da minha vontade. Só eu o posso conquistar.
Eu disse que a minha vontade tinha de ser forte... e não desistia.
Eu disse que a minha vontade tinha de ser forte... e não desistia.
Não desisti!
Ontem, foi uma manhã de exercício mental e de movimentos silenciosos.
Preparei-me para aquele pedacinho de azul que eu tanto queria.
A tarde foi quente...
Cingida pelo meu kimono, senti-me sufocar com a ansiedade apertada e o coração inquieto. Só as borboletas no meu estômago estavam à vontade.
Cingida pelo meu kimono, senti-me sufocar com a ansiedade apertada e o coração inquieto. Só as borboletas no meu estômago estavam à vontade.
Os rituais tradicionais, a meditação e quase se fez silêncio.
O som das ventoinhas, distraiu-me.
Visualizei-as a rodopiarem naquele tecto com barrotes de madeira escura. Interiorizei o dojo. Senti os meus colegas, a Sensei ... a energia.
Respiração profunda. Acalmei.
Revi as técnicas. Pedi ao universo para me dar força e concentração.
E fez-se a viagem, RUMO AO AZUL.
Até ao limite das minhas forças, fui guerreira.
Não fui perfeita porque não sou samurai.
Fui eu... e o meu céu ganhou o AZUL!
(Fotografia:F.Pinto)
Com carinho
MZ