Amanhã vou para a aldeia.
Dizem que vai chover... que pena!
Não importa, que chova depois de eu fazer os 250Km de auto-estrada. Ontem, a mãe por telefone disse que o sol desta semana já deu para que a terra encharcada se tornasse mais leve. Isto é importante, não pensem que não!...
Não importa, que chova depois de eu fazer os 250Km de auto-estrada. Ontem, a mãe por telefone disse que o sol desta semana já deu para que a terra encharcada se tornasse mais leve. Isto é importante, não pensem que não!...
Na aldeia, as preocupações vão para além do guarda-chuva ou do calor da gola alta. Lá, o estado do tempo interfere com o que mais tarde irão comer. Por isso, todos andavam preocupados com o atraso da sementeira. As conversas passeavam à volta deste tema quando Março avançou e trouxe o sol.
Os tractores, de charruas agarradas, entraram nos grandes quintais. Lavraram e abriram os rasgos necessários. Homens e mulheres adubaram a terra e por cima, deixaram pedacinhos de batata grelada, depois, cobriram com terra fofa. Eu sei como se faz, já participei na sementeira da batata!
A paisagem altera-se...
O verde que abundava nos rectângulos dos quintais passa a castanho de terra lavrada e semeada.
Esta, passa a guardar VIDA que mais tarde há-de rebentar.
(Imagem: Google)
Com carinho
Mz