Quase à porta de casa, a floresta sacudida pela estação libertava um cheiro húmido e podre das folhas em decomposição que se desprenderam durante o Outono.
Pinheirinhos do tamanho de crianças estavam bons para o corte tradicional e um deles seria arrastado para casa.
Por baixo dos outros, dos grandes de braços altos, procurávamos o tapete de veludo verde, aquele que era a beleza das tapeçarias e que os nossos pés tinham o cuidado de não pisar. Era precioso demais nesta época.
Delicadamente despegado da terra para fazer o nosso presépio, acamavam-se em placas dentro de um cesto de vime. Um daqueles cestos com duas asas que no Verão abarrotavam de milho seco e dourado, que em Setembro serviram para transportar os cachos de uvas maduras e depois mais tarde, já em pleno Outono, as azeitonas... quando ainda havia oliveiras suficientes nos terrenos dos avós lá na aldeia.
Pinheirinhos do tamanho de crianças estavam bons para o corte tradicional e um deles seria arrastado para casa.
Por baixo dos outros, dos grandes de braços altos, procurávamos o tapete de veludo verde, aquele que era a beleza das tapeçarias e que os nossos pés tinham o cuidado de não pisar. Era precioso demais nesta época.
Delicadamente despegado da terra para fazer o nosso presépio, acamavam-se em placas dentro de um cesto de vime. Um daqueles cestos com duas asas que no Verão abarrotavam de milho seco e dourado, que em Setembro serviram para transportar os cachos de uvas maduras e depois mais tarde, já em pleno Outono, as azeitonas... quando ainda havia oliveiras suficientes nos terrenos dos avós lá na aldeia.
Com as botas enlameadas e as mãos geladas, regressávamos a casa contentes e era à noite, no quentinho da lareira que combinávamos como seriam as estradinhas do nosso presépio...
de farinha ou de areia...
Hoje, o meu pinheiro de Natal é artificial mas ainda vou à floresta sentir o cheiro do pinho verde e agora também do eucalipto.
Ainda descubro algum musgo, não tão exuberante, mas está lá...
Regresso de mãos vazias mas as botas, essas, voltam da mesma forma, enlameadas!
de farinha ou de areia...
Hoje, o meu pinheiro de Natal é artificial mas ainda vou à floresta sentir o cheiro do pinho verde e agora também do eucalipto.
Ainda descubro algum musgo, não tão exuberante, mas está lá...
Regresso de mãos vazias mas as botas, essas, voltam da mesma forma, enlameadas!
(Imagem: Google)
Feliz Natal!
Com carinho
MZ
MZ