Apagaram-se todas as cores que o dia me dá
Fica a noite...
Fica a noite...
Treme a luz branca da lua que não chega para iluminar a rua.
Vou traçando na noite a minha sombra numa calçada portuguesa a preto e branco desenhada.
Agitam-se as franjas do meu xaile preto que abraço cingindo-o ao corpo e ao vestido de viúva.
Caminho cansada da saudade que carrego e de todos os fados que canto.
Para trás, vão ficando as marcas dos saltos altos dos meus sapatos e assim vou enterrando todo este preto que carrego.
À minha frente, está a porta.
A porta e a luz que tanto anseio.
Agora, eu quero o branco.
Quero demorar-me num banho de espuma...
Envolver-me em aromas de jasmim
Quero o branco do linho dos meus lençóis
Quero uma almofada alva de cambraia
Quero sonhos quentes de areias brancas
Quero sonhos doces de algodão
Quero a cor da luz
Quero paz!
Vou traçando na noite a minha sombra numa calçada portuguesa a preto e branco desenhada.
Agitam-se as franjas do meu xaile preto que abraço cingindo-o ao corpo e ao vestido de viúva.
Caminho cansada da saudade que carrego e de todos os fados que canto.
Para trás, vão ficando as marcas dos saltos altos dos meus sapatos e assim vou enterrando todo este preto que carrego.
À minha frente, está a porta.
A porta e a luz que tanto anseio.
Agora, eu quero o branco.
Quero demorar-me num banho de espuma...
Envolver-me em aromas de jasmim
Quero o branco do linho dos meus lençóis
Quero uma almofada alva de cambraia
Quero sonhos quentes de areias brancas
Quero sonhos doces de algodão
Quero a cor da luz
Quero paz!
(fotografia: Rattus)
Minha participação na
com carinho
Mz